Orixá Oxalá: o criador reverenciado na festa do Bonfim em Salvador!

O Orixá Oxalá é considerado o mais poderoso de todos. É o Orixá da energia da criação, reverenciado em 16 de janeiro em Salvador na festa de Nosso Senhor do Bonfim!

Vamos conhecer mais sobre este poderoso Orixá? Sou Marisilda Brochado, Enfermeira Obstétrica, Terapeuta Holística, Master Reiki, Canalizadora do SEA – Sistema de Energização Axé. Boa leitura!

Os Orixás são deuses africanos que atuam entre o mundo humano e o divino, comandando a vida e o destino das pessoas.

Orixás são divindades caprichosas. Assim como nós humanos eles amam, odeiam, ajudam, curam ou castigam (de acordo com a sua natureza).

• Você pode ler mais sobre os Orixás e as Yabás no meu artigo: Sistema de Energização Axé

Dentre todos os Orixás, Oxalá é o mais poderoso. Seu nome original é Orishala ou Obatala na África.

Oxalá foi o primeiro Orixá a ser criado e a ele foi dada a missão de criar o universo, todos os seres e coisas que existiriam no mundo!

Pai dos homens, criador da humanidade, Oxalá é o pai de todos. Muito sábio e benevolente com os filhos, ele os leva pelos caminhos da vitória.

Orixá Oxalá é regente do Trono da Fé, ou seja, está associado a todos os assuntos que envolvam a Esperança e a Confiança em Deus.

Oxalá é o primeiro filho de Olorum, o Orixá mais velho. Devido a sua posição ele se tornou um pouco prepotente e exigente, sendo assim teimoso e perfeccionista. Sempre consegue o que deseja através de suas estratégias e capacidade de raciocínio.

Da sua união com Iemanjá (a rainha do mar), nasceram outros orixás e a linha do horizonte, dividindo o céu e o mar.

Esse Orixá orienta quem os busca com a força de batalha para alcançar seus objetivos de vida. Oxalá é símbolo da pureza e da paz.

• Equilibre-se com a benção dos Orixás: agende comigo uma: Sistema de Energização Axé

São duas as característica de Oxalá que norteiam as suas características e a dos seus filhos e filhas:

É o Oxalá mais velho, seu templo é em Ifon. Esse Oxalá anda curvado por causa do tempo, os anos lhe pesam no corpo, ele é vagaroso como um idoso com dores.

É o Opaxorô que o sustenta, um bastão de metal branco com a imagem de um pássaro. Está diretamente ligado com a tranquilidade, paz, sabedoria e paciência.

Oxaguian é o filho de Oxalufã, um Orixá jovem, forte e guerreiro. Seu principal templo é o Ejigbo. Em suas mãos estão o escudo e a espada.

Oxaguian é o Orixá responsável por encorajar seus filhos nas lutas diárias para que eles possam superá-las.

É dinâmico e está sempre em movimento, ele rege a inovação. Sua comida favorita é o inhame (por isso criou o pilão) e seu nome é derivado justamente de seu prato preferido: Orixá comedor de inhame pilado.

Oxalá é o Orixá mais velho, filho de Olorum. Foi a ele que seu pai confiou o saco de criação para criar o mundo. E, como todo Orixá, Oxalá deveria seguir procedimentos para fazer o ritual da criação.

Muito altivo e presunçoso (como é comum em alguns filhos), Oxalá achava que por ser o Orixá mais velho não precisava fazer uma oferenda.

Mas Orixá Exú (Orixá responsável por cuidar da entrada do mundo do Além) não gostou da falta de respeito de Oxalá! Quando este passou pelo portal, Exú fez ele sentir uma grande sede que o fez furar uma palmeira com o seu Opaxorô (cajado).

Um delicioso líquido vermelho começou a sair da palemeira. Oxalá o bebeu até adormecer, sem saber que esta bebida era vinho de palma.

Enquanto dormia, seu irmão e maior rival Oduduá passou por ele e roubou o saco da criação. Levou-o até seu pai, que soube o ocorrido com Oxalá.  Olorum fez então a oferenda e presenteou Oduduá como rei de Ifé, a primeira cidade do mundo.

Ao acordar, Oxalá foi falar com Olorum, e recebeu como castigo nunca mais poder beber vinho de palma e nem usar azeite de dendê.

Mas o pai, tocado pela frustração de Oxalá, o permitiu criar o homem a partir do barro. Foi quando Oxalá pediu a ajuda da Yabá Nanã Buruque para realizar a tarefa e de Olorum para soprar a vida.

No sincretismo Oxalá é  o Senhor do Bonfim. A Festa de lavagem do Bonfim, é realizada pelas “Baianas”, em Salvador.

A Lavagem das Escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é uma festa secular, sincrética, plural e acolhe diversas manifestações culturais em uma das mais belas procissões de fé que se conhece no Brasil.

Datada do século XVIII, trazida pelos portugueses católicos e ritualizada pela tradição dos povos de matriz afro-brasileira, em especial, o Candomblé, resistiu ao tempo, incorporou novos elementos e foi tombada como Patrimônio Cultural Imaterial de nossa gente.

Expressa a fé de nosso povo, a unidade religiosa em um ritual recriado todos os anos. São caminhos de gratidão, outros de solicitação, são preces e confissões.

A lavagem de Nosso Senhor do Bonfim é democrática, unindo diversidade, sincretismo religioso, manifestações culturais, celebração e fé.

Em 2020, a celebração de Nosso Senhor do Bonfim completou 275 anos.

Une crenças religiosas seculares – do catolicismo ao candomblé. Os festejos, rituais e orações se estendem desde o dia 06 de Janeiro – dia de Reis – ao 19 de Janeiro, tendo o seu apogeu no dia 16 (segunda quinta-feira do mês de janeiro), quando ocorre a Lavagem das escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim pelas respeitadas “Baianas”.

Está previsto para o ano de 2020 a participação de mais de 2 milhões de pessoas nos festejos do Bonfim em Salvador.

É considerada a segunda maior festa popular da cidade de Salvador, depois do Carnaval.

Reúne a participação de diversos blocos populares, entre grupos carnavalescos, folclóricos, religiosos e políticos. Dentre esses, já fizeram o percurso o bloco Afoxé Filhos de Ghandy, o bloco Afro Muzenza, o Ilê Ayê, sindicatos, OAB e até time de futebol, somando mais de 50 entidades.

E o grupo Batalá que integra o bloco Orixalá completando este ano 15 anos no bloco. Tive a honra e o prazer de tocar por 3 anos participando deste cortejo (como você pode observar na foto abaixo)!

Na mesma época, existe um Festival anual de Obatalá (nome de Oxalá na mitologia yorubá) na cidade de Ile Ife, estado de Osun, na Nigéria.

O festival acontece na segunda quinzena de janeiro no Obatala Holytemple e reúne um grande número de iniciados em Obatalá da Nigéria e de outros países.

• Símbolo de Oxalá: pomba branca.
• Cores de Oxalá: branco e azul celeste
• Oferendas: canjica branca, inhame. Frutas para oferendas: Pêras e uvas brancas
• Dia da semana de Oxalá: sexta-feira. Dia do ano: 25 de dezembro
• Oxalá no sincretismo: Nosso Senhor do Bonfim e Jesus Cristo
• Oxalá saudação: Epa Epa Baba que significa, uma referência de admiração honrosa a presença do Pai.
• Canto para Oxalá: “Oxalá criou a Terra, Oxalá criou o mar, Oxalá criou o mundo onde reinam os Orixás”.

Pra você que procura por harmonia e equilíbrio em sua vida, também se você quer solucionar problemas de saúde ou falta de fé, então pode recorrer à Oxalá.

Tome um banho de rosas brancas, use uma roupa clara e eleve seus pensamentos e vibração.

Faça isso preferencialmente nas sextas-feiras. Os melhores horários para homenagens ao pai são:

• O nascer do sol, próximo às 6h da manhã;
• No final da tarde, perto das 18h.

Oxalá é a presença da força que buscamos no momento dos desafios. A sabedoria e coragem necessária para enfrentarmos os obstáculos em nosso caminho.

É pai e filho, é o responsável por nossa criação e pela vida do mundo.

Para potencializar a realização de seus objetivos criei o SEA – Sistema de Energização Axé, abençoado pelos Orixás e as Yabás.

Para saber mais, acesse: Sessão de SEA (Sistema de Energização Axé): uma terapia leve e poderosa para você se reconectar com seu amor próprio e poder pessoal!